Se dependesse do ex-presidente do Barcelona Juan Laporta, Xavi e Pep Guardiola não deixariam o clube por muito tempo. Em entrevista ao jornal italiano ‘La Repubblica’, o dirigente afirmou que gostaria de dar outras funções ao meio campista e ao treinador no Barça.
Perguntado sobre quem será o próximo presidente do clube, ele respondeu: “Guardiola, se eu pudesse decidir”. E o próximo técnico? “Xavi, um fenômeno. Um menino magnífico”, completou.
Laporta criticou a atual administração do Barça, que tem como presidente Sandro Rossel, ao dizer que a diretoria tem negado a herança da lenda holandesa Johan Cruyff, ex-jogador e treinador do time e isolado Guardiola.
“Pep leva Cruyff nas veias. Sem Cruyff, nada teria acontecido no Barcelona. Mas o ‘cruyffismo’, por alguma razão inexplicável, é indigesto para os novos dirigentes. Não me parece uma boa ideia isolar Guardiola do clube.”
O ex-presidente também reclamou do fato de a camisa azul e grená ter passado a receber patrocínio - da Catar Foundation, que paga 26 milhões de euros ao clube. “Nós pagávamos para levar o nome da Unicef no peito porque jogar bem e ganhar não é suficiente. É preciso ser generoso, e 26 milhões de euros é pouco para uma camisa virgem.”
“A nossa é uma equipe mais que centenária, é um foro de democracia e de direito. Nos anos de Franco - ex-ditador espanhol -, quando falar catalão era proibido, no Barça se falava nossa língua. Um de nossos presidentes foi fuzilado pelo ditador fascista. O Real era a equipe do regime, a nossa é a da região do primeiro parlamento da Europa”, disse, orgulhoso, Laporta.
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