Lionel Messi encerrou, no sábado, a maior temporada de carreira e uma das maiores da história do futebol. Entre julho de 2011 e junho deste ano, o craque argentino bateu recordes, colecionou mais títulos. E também teve de lidar com algumas das grandes decepções de sua trajetória no esporte.
A temporada 2011/12 teve um Messi artilheiro, mais do que nunca. O argentino marcou 82 gols no período de 12 meses, sempre com médias espetaculares e feitos impressionantes. Tanto pelo Barcelona quanto pela seleção argentina, até então uma espécie de calcanhar de Aquiles na carreira.
No clube catalão, Messi anotou 73 gols em 60 partidas oficiais. Além da incrível média de 1,21 gol por partida, ele conquistou quatro títulos pelo clube – foi campeão mundial, da Copa do Rei e das Supercopas da Europa e da Espanha.
Pela seleção, Messi também brilhou. Fez uma boa Copa América, mas viu a seleção cair na semifinal, em derrota por pênaltis contra o Uruguai. Em um amistoso contra a Suíça, fez pela primeira vez três com a camisa azul e celeste. Contra o Brasil, no sábado, entrou na história ao repetir a dose – foi o primeiro rival a marcar três na seleção brasileira desde Paolo Rossi, em 1982.
No total, Messi fez nove gols e nove jogos pela seleção. Com a média de um por jogo, ele transformou-se, enfim, na referência da equipe nacional. Ao todo, Messi já soma 28 gols pela seleção argentina – é o quarto maior artilheiro da história, atrás de Maradona (34), Crespo (35) e Batistuta (56).
Decepções – Em meio a tantos feitos e recordes, Messi também teve decepções nos últimos meses. Pela seleção, o craque não conseguiu o título da Copa América em casa. Pelo Barcelona, ele não conseguiu os títulos do Campeonato Espanhol e da Champions League.
Ainda assim, o argentino conseguiu brilhar. No Campeonato Espanhol, foram 50 gols, novo recorde na história da Liga; na Champions, 14, também uma nova marca histórica.
Ano de Pelé – Os feitos de Messi em 2011/12 incitaram comparações. O argentino, aos 25 anos, foi comparado mais do que nunca com Maradona e Pelé. E, pelo menos no número de gols, conseguiu superar a temporada mais goleadora do brasileiro, alcançada em 1958.
Naquele ano, além de ser campeão mundial com a seleção aos 17 anos, Pelé anotou 77 gols em duelos oficiais – cinco a menos que Messi. Foram 58 no Campeonato Paulista (recorde até hoje), 8 no torneio Rio-São Paulo, 9 pela seleção e 2 em duelo do Santos com a Seleção Paulista.
O Messi de 2011/12 anotou 50 no Campeonato Espanhol, 14 na Champions, 3 na Copa do Rei e na Supercopa da Espanha, 2 no Mundial de Clubes e um na Supercopa europeia; pela seleção, foram 6 em amistosos e 3 nas Eliminatórias para a Copa de 2014.
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