Onde jogará Thiago Silva? Mesmo em meio à disputa da Eurocopa, a pergunta tem sido o principal tema da imprensa esportiva italiana nos últimos dias.
As declarações do colega Cassano dizendo que vender o brasileiro seria “um delito”, as reprovações de outros companheiros, os apelos feitos por torcedores nas redes sociais e até no Milan Channel (foto) e os contundentes resultados de enquetes contrários à venda de Thiago dão boa dimensão do peso que o zagueiro brasileiro ganhou na Europa.
Baresi, Maldini e Nesta, três monstros do passado na defesa milanista, já usaram o termo “sucessor” para se referir ao brasileiro.
Mas, de repente, pintou um PSG no meio do caminho. Com seu dinheiro do Catar, oferecendo ao Milan quase 46 milhões de euros por Thiago Silva. E ao jogador, segundo a imprensa francesa, um salário de 10 milhões de euros por cinco temporadas - 4 milhões a mais do que ele recebe atualmente.
Não gosto de analisar escolhas profissionais de jogadores. Porque é fácil, para terceiros, "abrir mão do dinheiro alheio". Dizer que o sujeito deve jogar aqui ou ali, ignorando ou minimizando as condições financeiras que lhe são oferecidas.
Portanto, não dá para condenar a possível escolha de Thiago. Mas dá, sim, pra lamentar. Porque, além do Paris-Saint-Germain, Thiago Silva tem duas opções para prosseguir sua carreira.
A primeira: continuar no Milan, onde é ídolo e caminha para se tornar, como apontaram Baresi e Maldini, mais uma lenda na história de grandes defensores do clube. Seguiria em uma das maiores equipes do mundo, sempre brigando por títulos importantes.
A segunda opção, de acordo com a imprensa europeia, seria mudar para Barcelona e jogar naquele que pode continuar sendo, por um ou dois anos, um dos melhores times da história do futebol. Nesta opção, a briga por títulos importantes seria ainda mais intensa.
Mas não. A escolha, tudo indica, deve ser pelo novo-rico PSG. Onde ele até continuará a brigar por títulos, mas, sobretudo, onde irá ganhar muito bem. Ambições compreensíveis, mas que, me parece, não lhe permitirão entrar para a história do futebol da mesma forma que poderia ocorrer no caso de optar por uma das duas outras escolhas possíveis.
Se o PSG ganhar, perdem as ambições esportivas.
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