Talvez Lionel Messi tenha colocado a paixão à frente da razão. Talvez tenha escolhido companheiros de Barcelona e seleção argentina para evitar uma desnecessária polêmica, algo que sempre evitou em sua carreira vitoriosa. Aos 25 anos, o craque que se acostumou a ser manchete pelo que faz dentro de campo mostrou-se descontente: ele está cansado de ser comparado a Cristiano Ronaldo, astro do rival Real Madrid e maior adversário em suas conquistas individuais.
- Quando acontece algo a imprensa busca nos comparar. Somos rivais no gramado, não há nada mais. Ele faz o seu trabalho para o seu time e eu pelo meu. A imprensa quer nos colocar competindo em tudo. Isso me cansa um pouco - disse Messi, em entrevista à revista "France Football", que organiza a premiação da Bola de Ouro em parceria com a Fifa.
O prêmio de melhor do mundo, por sinal, também foi um assunto comentado por Messi. Favorito a levantar a Bola pela quarta vez consecutiva (um recorde), o camisa 10 já elegeu os seus três nomes. Não há nenhuma novidade em relação ao ano passado: Xavi Hernández e Iniesta, seus garçons no Barcelona, e Sergio Kun Agüero, do Manchester City e amigo desde as seleções de base da Argentina.
- Xavi, Andrés e sem dúvida um de meus compatriotas - revelou o jogador antes de a lista ser oficializada. Como Gonzalo Higuaín, Ángel Di María e nenhum outro argentino entrou na relação, restou Agüero.
Como palpite, porém, Messi acredita que o título dessa vez possa ir ao Real Madrid.
- Acho que Casillas pode levar a Bola de Ouro, é um dos melhores goleiros do mundo. E também Cristiano - disse, sem dar muito valor.
- Eu não penso (na Bola de Ouro). Quando chegar o momento, ainda que possa ser diferente... Tive a sorte de recebê-la três vezes, é algo enorme, incrível. Vai chegar um ano em que eu não vou conseguir - encerrou.
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