Grupo G: Messi encontra ídolo de infância na primeira fase do torneio

Benfica cai na mesma chave do Barcelona, e melhor do mundo vai encarar
Aimar, de quem é fã confesso. Spartak Moscou e Celtic são os outros rivais.

Camisa 10 do Benfica, o argentino Pablo Aimar pode não ter vaga cativa no time titular de Jorge Jesus e muito menos ser uma unanimidade em seu país, mas tem do que se orgulhar. Afinal, não é todo mundo que tem um rapaz chamado Lionel Messi na lista de admiradores confessos. Quando desembarcou no Barcelona em 2000, o agora melhor jogador do mundo, com 13 anos à época, disse que se espelhava em Aimar e gostaria de ser um dia como o compatriota. Dito e feito. Na verdade, ele até foi muito além e agora, aos 25, inicia a briga pelo seu quarto título de Liga dos Campeões no Grupo G, o mesmo do Benfica de Aimar, que conta ainda com os russos do Spartak Moscou e dos escoceses do Celtic.

 

 

Dono do caneco em três das últimas sete disputas de Liga dos Campeões (sempre com Messi), o Barcelona, presente em todas as edições desde a temporada 2004/05, inicia sua jornada em busca do título com uma novidade no banco de reservas: Tito Vilanova. Obviamente, isso em nada interfere na condição de favoritismo dos catalães, que buscaram os reforços pontuais de Jordi Alba (Valencia) e Alex Song (Arsenal).

- Neste ano, vamos voltar a lutar por tudo. Estamos preparados e gostaria de ter vencido o Campeonato Espanhol e a Liga dos Campeões na temporada passada, mas não conseguimos eliminar o Chelsea - avisou o três vezes melhor do mundo Messi, artilheiro, com 14 gols, da última Liga dos
Campeões, marca atingida pela quarta vez consecutiva, feito nunca antes alcançado na história.

Time-base: Víctor Valdés; Daniel Alves, Gerard Piqué, Carles Puyol e Jordi Alba (Adriano); Sergio Busquets, Xavi Hernández, Andrés Iniesta; Lionel Messi, Pedro Rodríguez e Alexis Sánchez.

Técnico: Tito Vilanova.

Com a tarefa de enfrentar logo na primeira fase o bicho-papão da competição, o Benfica de Aimar garantiu sua presença nesta edição da Champions ao terminar o Campeonato Português na segunda colocação. Com a perda de peças importantes como Javi García e Axel Witsel, para Manchester City e Zenit, respectivamente, os portugueses apostam suas fichas no atacante Rodrigo Moreno, com passagem de destaque pelas seleções de base da Espanha e filho do ex-jogador do Flamengo Adalberto.

 

 

Sabíamos que não podíamos encontrar um grupo completamente fácil. Estamos falando da Liga dos Campeões, que conta com as melhores equipes da Europa e, por isso, esperamos sempre um grupo de dificuldade elevada. Mas, ao termos sido escolhidos para o pote dois, somos também um dos times mais fortes desta competição e com aspirações bem claras - comentou o ex-jogador Rui Costa, que
atualmente exerce um cargo administrativo no Benfica.

Time-base: Artur Moraes; Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay e Lorenzo Melgarejo; Eduardo Salvio, Nemanja Matic, Carlos Martins e Enzo Perez; Rodrigo Moreno e Oscar Cardozo.

Técnico: Jorge Jesus.

Representando a Rússia na competição ao lado do Zenit, o clube da capital precisou passar pela prova dos playoffs antes de assegurar a vaga na fase de grupos da competição, eliminando o sempre forte Fenerbahçe, da Turquia: vitória por 2 a 1 em casa na ida, com empate em 1 a 1 na Turquia na volta. Na primeira fase, os jogos do Spartak serão uma boa oportunidade para observar os brasileiros nos gramados europeus e isso inclui jogadores de Seleção, como no caso do volante Romulo, ex-Vasco, que vê um caminho complicado até as oitavas de final.

- O que posso dizer é que não pegamos um dos grupos mais fáceis da Liga. Só de ter como adversário o Barcelona já é um problema. Sem dúvida, é o melhor time do mundo na atualidade. Acredito que a segunda força do grupo seja realmente o Benfica, e nós, ao lado do Celtic, correndo por fora. Para avançar de fase vamos ter de vencer em Moscou e somar pontos fora. Acho que a maneira como encaramos o Fenerbahçe, na fase preliminar, pode ser um caminho. Atacamos em casa e jogamos no contra ataque em Istambul.

Time-base: Andriy Dikan; Evgeny Makeev, Marek Suchy, Juan Insaurralde e Kirill Kombarov; Rômulo, Demy de Zeeuw, Dmitri Kombarov e Aiden McGeady; Ari e Emmanuel Emenike.

 Técnico: Unai Emery.

Numa modesta 63ª posição no ranking da Uefa atualmente, o Celtic já não é mais o mesmo aquele da década de 60, quando faturou seu único caneco de Champions League na temporada 1966/67. Agora, só assegurou sua presença na fase de grupos ao passar pelos suecos do Helsingborg nos playoffs. Protagonista solitário na Escócia com a queda do Rangers - o maior rival - para a quarta divisão local, o clube, atual campeão nacional, tem mais participações na Liga dos Campeões que o Barcelona, mas ainda assim a camisa catalã inspira muito respeito em Glasgow.

- Para ganhar do Barcelona, o Celtic terá que ir a uma capela ou a uma igreja e rezar - disse, ao jornal "Daily Record", Gordon Strachan, que treinou o time escocês entre 2005 e 2009 e foi eliminado pelos catalães nas oitavas de final da Champions em 2008.

Time-base: Fraser Forster; Adam Matthews, Kelvin Wilson, Charlie Mulgrew e Emilio Izaguirre; Scott Brown, Victor Wanyama, Kris Commons e Fraser Forster; Giorgos Samaras e Gary Hooper.

Treinador: Neil Lennon.